No pior momento do dia, a queda chegou a 9,73%
Bianca Pinto Lima, E&N Tempo Real
Foto: Andre Penner/AP
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o dia em queda de 8,08%, mas chegou bem perto de ter os negócios interrompidos (circuit breaker). Isso aconteceria se o Ibovespa – índice que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa – batesse em uma perda de 10%. No pior momento do dia, a queda chegou a 9,73%.
O recuo desta segunda-feira foi o maior desde 22 de outubro de 2008 (-10,18%), quando ocorreu o circuit breaker pela última vez. Nenhuma ação do Ibovespa fechou em alta. No mês, a queda do índice atinge 17,26%, elevando a perda acumulada em 2011 para 29,78%.
Em Nova York, o Dow Jones encerrou em queda de 5,55%, na mínima do dia. Já Nasdaq recuou 6,90% e o S&P 500 teve declínio de 6,66%.
Com o aumento da aversão ao risco, provocado pelo rebaixamento dos títulos de longo prazo da dívida dos Estados Unidos, os investidores venderam ações e correram para ativos considerados mais seguros, como o euro e até mesmo os rebaixados títulos da dívida dos Estados Unidos.
Para se ter uma ideia, por conta de uma demanda elevada, o juro dos papeis de 10 anos da dívida dos EUA tocou a mínima de 2,325%, o nível mais baixo desde janeiro de 2009 e pouco acima da mínima recorde de 2,034%, atingida em dezembro de 2008, após o colapso do Lehman Brothers.
Já o ouro, renovou o recorde de alta e atingiu a paridade com a platina pela primeira vez desde o fim de 2008. O ouro spot chegou ao nível do metal mais caro ao atingir a marca histórica de US$ 1.715,29 a onça-troy. A platina spot, de seu lado, caiu brevemente à mínima do dia em US$ 1.703,00 por onça-troy, por conta dos temores com a demanda do metal fortemente ligado ao desempenho das indústrias.
O dólar, também usado como segurança por investidores, subiu 1,64%, para R$ 1,6120, maior patamar desde 26 de maio de 2011.