Integrantes de ONG participaram de ato anticorrupção em São Paulo
Marcel Rofeal, enviado a São Paulo
Foto: Marcel Rofeal/BMR
Com tantas denúncias de irregularidades na administração municipal, os integrantes da organização não governamental Amigos Associados de Analândia, a Amasa, não sabem mais como pedir socorro. Nesta quarta-feira (7), representantes da entidade participaram das manifestações contra corrupção realizadas na Avenida Paulista, em São Paulo. Em uma das faixas confeccionadas, o grupo pede o auxílio do Governador do Estado, Geraldo Alckmin.
A situação de Analândia vem se agravando desde o ano passado. Indícios de corrupção na prefeitura foram apontados pelo Legislativo, pelo Judiciário e pela população. Em outubro de 2010, após denunciar o Executivo, o vereador Evaldo Nalin foi morto a tiros na porta de casa. Suspeito de ser o mandante do crime, Luiz Carlos Perin, irmão do ex-prefeito e atual chefe de gabinete da prefeitura, José Roberto Perin, chegou a ser preso, mas já foi liberado.
Nalin dizia estar sofrendo ameaças por parte do ex-prefeito, mas o crime continua sendo investigado. Outros escândalos surgiram a partir de então, como, mais recentemente, suposta fraude em concurso público, caso denunciado pelo ex-presidente da Câmara Municipal, Leandro Santárpio, que renunciou ao cargo alegando sofrer ameaças ainda em outubro. Ele e o também vereador Luiz Carlos dos Santos seriam beneficiados.
Diante dos escândalos políticos, Analândia recebeu o apoio de diversas organizações que atuam no combate a corrupção. Sediou um encontro da caravana “Todos Contra a Corrupção” em abril do ano passado, além do evento “Vamos a Analândia” em dezembro. Presente no ato anticorrupção realizado neste feriado em São Paulo, a Amasa expôs a situação do município em faixas, pedindo ajuda também ao Governador Geraldo Alckmin.
Em uma das faixas, uma das principais denúncias que estão sob investigação no município. “Corrupção eleitoral em Analândia-SP + eleitores do que habitantes”. Na outra, mais um apelo. “Analândia-SP clama por Justiça”. As faixas foram posicionadas em pontos estratégicos para dar maior visibilidade aos dizeres, além de desfilarem ao lado de outras dezenas de cartazes pela Avenida Paulista.