No total, sete dirigentes comandam o órgão, que é ligado ao Ministério dos Transportes
R7 e Reuters
Com a saída de mais um diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), o órgão ficou com apenas três dirigentes de um total de sete. O diretor de Infraestrutura Rodoviária, Hideraldo Caron, pediu demissão nesta sexta-feira (22).
A saída de Caron é o mais recente desdobramento da crise na pasta, iniciada após denúncias de corrupção em obras de responsabilidade do ministério neste mês.
Com isso, enquanto não forem nomeados novos diretores ou o diretor-geral Luiz Antonio Pagot volte das férias e não seja demitido, o órgão fica impedido de ter reuniões deliberativas, segundo a assessoria do departamento.
Com a saída de Caron, as mudanças na área de transportes já atingiram 16 pessoas. A expectativa, no entanto, é de que Pagot saia do cargo ainda hoje.
Indicado pelo PT, Caron era alvo dos integrantes do PR, sigla que mantém o controle dos cargos no Ministério dos Transportes desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediam sua saída do cargo.
A bancada do PR no Congresso reclamava que as mudanças feitas pelo novo ministro, Paulo Sérgio Passos, com apoio da presidente Dilma Rousseff, estavam afetando apenas membros da legenda e que as demissões a conta-gotas serviam para desmoralizar a imagem do partido.
No início da semana, Passos disse que ainda precisava fazer mais ajustes na área e que tem autonomia para promover mudanças.
- Naturalmente, à medida que haja necessidade para compatibilizar o ajustamento da máquina com aquilo que seja o necessário, que é com aquilo que eu entendo que deva ser o indispensável ou fundamental para o bom desempenho das atividades do ministério, eu o farei.